segunda-feira, 30 de julho de 2012

REFLEXÃO

 Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade. 

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial! 

(Este texto circula há muito tempo no ciberespaço com autoria atribuída à pessoas diversas: Rubem Alves, autor desconhecido, Mário de Andrade e por ai vai. Mas, seja quem for o autor, sua mensagem é muito verdadeira: a vida é curta para desperdiçá-la com futilidades.)
Muito lindo-do BLOG DO LEONAM.


COM BASE EM CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E TEOLÓGICOS TEILHARD DE CHARDIN ACREDITA QUE:
Teilhard de Chardin

domingo, 22 de julho de 2012

DO BLOG "NECTAN REFLEXÕES"-

ABRIR OU FECHAR PORTAS?

Com certeza prefiro abri-las!
Abrir as portas da alma,
abrir as portas do sorriso,
abrir as portas do coração,
abrir as portas do amor,
abrir as portas da paixão,
abrir as portas do eu,
abrir passagem para que a vida flua!

Nunca gostei de fechar portas!
Fechando as portas da alma,
posso deixar Deus para fora!
Fechando as portas do sorriso,
posso perder um amigo!
Fechando as portas do coração,
posso me tornar inacessível!
Fechando as portas do amor,
posso não mais encontrar o caminho para
outro amor!
Fechando as portas para a paixão,
fecharei a luz que alimenta a vida!

Fechando as portas do eu,
corro o risco de me trancar do lado de fora!
Fechando as passagens,
a vida se encerra na amargura;
porque ao fechar tantas portas nós nos
fechamos também!
Por isso creio em portas abertas,
em sentimentos alados,
que voam como as andorinhas
para outras paragens quando o inverno
lhes é rigoroso!
Sempre em nossas vidas teremos a vontade
de virar a página de fechar a porta,
porém o que foi escrito
continuará escrito e mesmo de porta fechada
nós sabemos o que se esconde por trás dela!
Concordo que as portas
foram feitas para serem abertas
e fechadas ao nosso bel querer ou prazer,
porém as portas da vida não,
porque a partir do momento em que foram abertas
nunca mais serão as mesmas,
mesmo fechadas,
pois sentimentos não se apagam,
não se escondem, não se esquecem!
Daí eu crer em transpor os portais,
porém nunca fechar as portas,
virar a página,
mas sempre na certeza de que nunca as apagarei,
seja da memória, do peito ou da vida!

Renovar é preciso, mas sem perder o prumo,
o ponto de partida,
pois afinal cada fato de nossas vidas,
de bem ou de mal,
é um degrau que subimos em busca do aperfeiçoamento do
ser e da plena liberdade.
* Santaroza *


Texto - internet
imagem - rascunhosdemomentos.blogspot.com

O RISO

Clarice Lispector beliscava sua amiga Lygia Fagundes Telles quando entravam juntas num encontro literário:

– Não ri, vai! Séria, cara de viúva.
– Por quê? – perguntava Lygia.

– Para que valorizem o nosso trabalho.

Não há mesmo imagem de alguma risada da escritora Clarice Lispector. Em livros e revistas, a cena que persiste é seu olhar desafiador, emoldurado por um rosto anguloso, compenetrado e enigmático. Os lábios não se mexem, absolutamente contraídos, envelopes fechados para a posteridade.

Lispector não mostrava suas obturações, sua arcada para ninguém. Não se permitia gargalhadas para não parecer mulher superficial e leviana.

Ela percebeu que existe um imenso preconceito contra a alegria. Os críticos não a levariam a sério, dizendo que ela não era densa, não inspirava profundidade; acabariam por sobrepor a aparência faceira aos questionamentos metafísicos de sua obra.
Seu medo não era bobo. O riso permanece perigoso. Todos temem os contentes. Falam mal dos contentes.

O riso gera inveja, ciúme, intriga: “Por que está feliz, e eu não?”.

A alegria é malvista em casa e no trabalho, sempre intrusa, sempre suspeita equivocada de uma ironia ou de um sentimento de superioridade.

Ainda acreditamos que profissionalismo é feição fechada, casmurra. Ainda deduzimos que competência é baixar a cabeça e não entregar nossas emoções.

Quanto mais triste, mais confiável. Quanto mais calado, mais concentrado. O que é um tremendo engano.

A criatividade chama a brincadeira, assim como a risada renova a disposição.

Se um funcionário ri no ambiente profissional, o chefe deduz que ele está vadiando, sem nada para fazer. Poderá receber reprimenda pública e o dobro de tarefas. Quem diz que ele não está somente satisfeito com os resultados?

Se sua companhia ri durante a transa, você conclui que está debochando do seu desempenho. Quem diz que não é o contrário, que ela não festeja o próprio prazer?

Se a criança ri no meio da aula, o professor compreende como provocação e pede para que cale a boca. Quem diz que ela não está comemorando algum aprendizado tardio?

Se o filho ri quando os pais descrevem dificuldades profissionais, a atitude é reduzida a um grave desrespeito. Quem diz que ele não achou graça do tom repetitivo das histórias?

Se a esposa ou marido ri e suspira à toa, já tememos infidelidade.

O riso é escravo dos costumes, sinônimo de futilidade e distração quando deveria ser visto como sinal de maturidade e envolvimento afetivo.

Não reagimos bem à felicidade do outro simplesmente porque ela ameaça nossa tristeza.


AUTORIA:  FABRÍCIO CARPINEJAR


texto - internet
A minha dor eu sei resolver. Ainda que seja a custo alto, sei resolver. Pode ser com um calmante, um trabalho físico, um desabafo. Pode ser mexendo na horta, organizando as roupas no armário, limpando a casa, xingando Deus; eu sei resolver. Ainda que demore, resolvo. 
O que não sei resolver é a dor do outro. Fico mudo, meu braço sobra, minha mão falta, minha boca treme algum vento sem força. 
A dor do outro não se comunica. Não dá nem tira emprego. 
A dor do outro me isola. Tento uma brecha para falar, mas sinto-me intruso, incômodo, solteiro. Como uma casa em reforma. 
Toda dor só é compreensível no idioma da dor. Quem está de fora não entende, não tem razão, não alcança sentido. A dor não busca conselhos; a dor busca a pele para colocar por cima, busca cicatrizar a ferrugem e a maresia. 
A dor do outro é pedalar com a respiração. Ela me desfalca, me devassa, me faz duvidar de que eu podia ter ouvido. 
A dor do outro é a minha dor mais pessoal, porque é indiferente à minha própria dor. 
A dor do outro é uma parada de ônibus sem ônibus por vir. Uma parada de ônibus para se sentar e não ir. A dor do outro fica no lugar da dor, não suporta um passo além do círculo de sua lembrança fixa. A dor do outro tem a altura de um grito que não é dado para não desperdiçar a dor. 
A dor do outro não ri, porque, séria, chega mais rápido ao seu fim. 
A dor do outro não se empresta, é dor de osso, dor que não se enxerga de dia e nem de noite. [...] 
A minha dor eu resolvo. A dor do outro não sei aonde colocar, onde me colocar. Faço como minha avó Elisa. Quando alguém recusava um abraço, ela pedia para devolvê-lo.
Devolver o abraço é a dor do outro. 


[Fabrício Carpinejar - Pássaros comem na mão, do livro "O Amor Esquece de Começar"]

terça-feira, 17 de julho de 2012

PACIÊNCIA

Foto D.Sandrix
SUPORTEMOS

"Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita..." (Tiago 1:4)


Detém-te um minuto no torvelinho das preocupações costumeiras e repara que deves o próprio equilíbrio à Paciência divina, a sustentar-nos em cada instante da vida, através de mil modos.


Muita gente, talvez, em te fitando na ternura do recém-nato, duvidasse da tua capacidade de sobreviver para a existência terrestre, mas Deus teve paciência contigo e conferiu-te o devotamento materno que te ajudou a ativar as energias do próprio corpo.


Entendidos em psicologia, em te anotando a intempestividade infantil, provavelmente desconfiaram da tua possibilidade de alfabetização, mas Deus teve paciência contigo e concedeu-te a heróica ternura de professores abnegados que te abriram novos horizontes no campo da educação.


E a paciência do Senhor, cada dia, permite generosa, que tales plantas inermes, que te assenhoreis do suor e do sangue dos animais, que te apropries das forças da Natureza e que te valhas, indiscriminadamente, do concurso dos semelhantes para que te alimentes e mediques, restaures e instruas.


Lembra-te dessa Paciência Perfeita que te beneficia, e cultiva paciência para com os outros.


O companheiro cuja aspereza te ofende e o aprendiz cuja insipiência te irrita são irmãos que te rogam cooperação, e entendimento, e quantos te caluniem ou apedrejem são doentes que te pedem simpatia e consolo...


Mas para que colabores e compreendas, harmonizes e reconfortes é necessário que a tolerância construtiva te alente os passos.


À frente dos óbices de todo gênero, guarda a paciência que ajuda, e, diante dos ataques de toda ordem, cultiva a paciência que esquece.


Escuda-te, pois, na paciência para com todos, sem jamais te esqueceres de que a alegria dos homens é a Paciência de Deus.


Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 55 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

PAZ


"Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem. Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre."

(Martha Medeiros)



PAZPAZPAZPAZPAZ.....

PARA BEATRICE

Vinícius eterno

Eu sem você não tenho porque
porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz
jardim sem luar
luar sem amor
amor sem se dar
E eu sem você
sou só desamor
um barco sem mar
um campo sem flor
Tristeza que vai
tristeza que vem
Sem você meu amor eu não sou
ninguém

quarta-feira, 11 de julho de 2012






INTERCESSÃO

“Irmãos, orai por nós” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:25)

Muitas criaturas sorriem ironicamente quando se lhes fala das orações intercessórias.

O homem habituou-se tanto ao automatismo teatral que encontra certa dificuldade no entendimento das mais profundas manifestações de espiritualidade.

A prece intercessória, todavia, prossegue espalhando benefícios com os seus valores inalterados. Não é justo acreditar seja essa oração o incenso bajulatório a derramar-se na presença de um monarca terrestre a fim de obtermos certos favores.

A súplica da intercessão é dos mais belos atos de fraternidade e constitui a emissão de forças benéficas e iluminativas que, partindo do espírito sincero, vão ao objetivo visado por abençoada contribuição de conforto e energia. Isso não acontece, porém a pretexto de obséquio, mas em conseqüência de leis justas.

O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos matérias não registram; só admite o auxílio tangível, no entanto, na própria natureza física, vêem-se árvores venerandas que protegem e conservam ervas e arbustos, a lhes receberem as bênçãos da vida, sem lhes tocarem jamais as raízes e os troncos.

Não olvides os bens da intercessão.

Jesus orou por seus discípulos e seguidores, nas horas supremas.

Livro: Pão Nosso, lição 17 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 8 de julho de 2012

HERESIAS

"E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 11:19.)

Recebamos os hereges com simpatia, falem livremente os materialistas, ninguém se insurja contra os que duvidam, que os descrentes possuam tribunais e vozes.

Isso é justo.

Paulo de Tarso escreveu este versículo sob profunda inspiração.

Os que condenam os desesperados da sorte não ajuízam sobre o amor divino, com a necessária compreensão. Que dizer-se do pai que amaldiçoa o filho por haver regressado a casa enfermo e sem esperança?

Quem não consegue crer em Deus está doente.

Nessa condição, a palavra dos desesperados é sincera, por partir de almas vazias, em gritos de socorro, por mais dissimulados que esses gritos pareçam, sob a capa brilhante dos conceitos filosóficos ou científicos do mundo.

Ainda que os infelizes dessa ordem nos ataquem, seus esforços inúteis redundam a benefício de todos, possibilitando a seleção dos valores legítimos na obra iniciada.

Quanto à suposta necessidade de ministrarmos fé aos negadores, esqueçamos a presunção de satisfazê-los, guardando conosco a certeza de que Deus tem muito a dar-lhes. Recebemo-los como irmãos e estejamos convictos de que o Pai fará o resto.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 36 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

SEMEANDO

Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza. (Allan Kardec)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

CAMINHOS

"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeiro. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero. Por isso, não estranhe a minha maneira de sorrir e de te desejar tanto bem. Eu sou aquela pessoa que acredita no bem, que vive no bem e que anseia o bem. É assim que eu enxergo a vida e é assim que eu acredito que vale a pena viver."

Clarice Lispector