sábado, 26 de maio de 2012

MILAGRE

Ana Jácomo maravilhosa...
"O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo."

terça-feira, 22 de maio de 2012

PARA QUE NÃO VENHAS A ESQUECER



Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.
Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.
Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.
Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.
Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espírito ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.
Levanta os caídos e ampara os que tropecem.
Não te lamentes.
Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.
Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.
Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.
Auxilia aos outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado.
Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo
as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra,a caminho da Vida Maior.
Louva, agradece, abençoa e serve sempre.
E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.


Francisco Cândido Xavier
in Calma (Emmanuel)

domingo, 20 de maio de 2012

DOS DESEJOS



"Muitas vezes, se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante, mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos."

[Fabrício Carpinejar]



Assistência Fraternal

Deus te compense, alma boa, a ti,
que estendes a mão,
repartindo alegremente
carinho, agasalho e pão.

Deus te envolva em alegria todo esforço
de esquecer a ofensa que se te faça,
buscando a paz por prazer.

Deus te exalte o gesto amigo quando
levantas alguém da tristeza,
do infortúnio para as estradas do bem.

Deus te agradeça o trabalho com que
te esqueces e vais auxiliar e servir
aqueles que sofrem mais.

Por toda bênção que espalhes que
o mundo nem sempre diz
que a Vida te recompense e
Deus te faça feliz.

Maria Dolores

A MENINA EM MIM




Eu era muitas. Ali, sentada na varanda, espiando a noite que passa, eu era dura. Era menina que chora e pede colo de Deus também. Era menina esvoaçante, cheia das vontades e abundantes quereres.


Era menina matreira, carregada de medos e sonhos grandões. Era menina que se cuida e se arrisca, menina que mede os passos e que se joga. Menina que morde, menina que assopra. Eu era muitas. Ali, sentada na varanda, espiando a noite que passa, eu era firme. Era menina que estende os braços e abriga as pessoas com um sorriso. Era menina danada, cheia de palavras boas e bem-querer.


Era menina moleca, carregada de amor e de ilusões. Era menina que chora e aplaude, menina que pisa na bola e que sorri. Menina que chora, menina que vibra.


Eu era muitas. Ali, sentada na varanda, espiando a noite que passa, escolhendo a menina que caberia em mim.  


Hoje eu tô pra menina semeadora do bem. Plantando sonhos nos quintais dos Homens. 


[Cris Carvalho 
do blog Chão de Estrelas (25/02/2011) Seção de Achados e Perdidos]

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CUIDE DE SEU FALAR

Antes de falar, escute.
Antes de escrever, pense.
Antes de gastar, ganhe.
Antes de julgar, espere.
Antes de orar, peça perdão e também perdoe.
Antes de desistir, tente.
Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que o rapaz era inocente, ele foi solto, e, após muita humilhação resolveu processar seu vizinho (o caluniador).
No tribunal, o caluniador disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal...E o Juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel, depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa e amanhã volte para ouvir a sentença!O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo!,
respondeu o homem
- O vento deve tê-los espalhados por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!Ao que o juiz respondeu:
- Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos consertar o mal causado!E, continuou:
- Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos, escravos de nossas palavras! No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é, e outras que vão te odiar pelo mesmo motivo.
Acostume-se. Quem ama não vê defeitos. Quem odeia não vê qualidades. E, quem é amigo, vê as duas coisas!
Preste atenção em seus PENSAMENTOS, pois eles se tornarão PALAVRAS.
Preste atenção em suas PALAVRAS, pois elas se tornarão ATOS.
Preste atenção em seus ATOS, pois eles se tornarão HÁBITOS.
Preste atenção em seus HÁBITOS, pois eles moldarão seu CARÁTER.
Preste atenção em seu CARÁTER, pois ele determinará seu DESTINO!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando você achou que eu não estava olhando...


Quando você achou que eu não estava olhando...

...eu vi você pendurar meu primeiro desenho   na porta da geladeira,  e imediatamente, quis fazer outro desenho.

Quando você achou que eu não estava olhando,
eu vi você alimentando um gato perdido,
e aprendi que é muito bom tratar bem os animais.

Quando você achou que eu não estava olhando,
eu vi lágrimas em seus olhos,
e eu aprendi que, às vezes, coisas nos machucam,
  mas que é permitido chorar.

Quando você achou que eu não estava olhando,
eu vi você fazer para mim o meu bolo favorito,
e aprendi que pequenas coisas podem ser
  muito especiais na vida das pessoas.

Quando você achou que eu não estava olhando,
  eu vi você rezando e eu soube que há um Deus
com quem eu podia sempre conversar
e aprendi a confiar neste Deus.

Quando você achou que eu não estava olhando,
eu senti o seu beijo de boa noite.
 Senti-me amado e protegido. Eu vi você fazendo comida
 e levando para uma amiga que estava doente.
 Eu aprendi que todos nós devemos
nos ajudar e cuidar dos outros

Quando você achou que eu não estava olhando,
eu vi você 
cuidar da nossa casa e de todos que moram nela, 
e eu aprendi que temos que cuidar de tudo que nos foi dado.

Eu aprendi, como uma das maiores lições de vida, 
que eu precisava aprender com você
 a ser uma pessoa boa e produtiva quando crescesse.

Quando você achou que eu não estava olhando, 
eu olhei para você e quis dizer:
 "Obrigado por todas as coisas que eu vi,
quando você pensou que eu não estava olhando..."

Obrigado mãe!

(autor desconhecido)

sábado, 12 de maio de 2012

LOUVOR

                                        EM LOUVOR DAS MÃES

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.

Se a criança é o futuro, no coração das mães é que repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.

O homem é o pensamento.

A mulher é o ideal.

O homem é a oficina.

A mulher é o santuário.

O homem realiza.

A mulher inspira.

Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento na Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.
Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.

Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.

Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se designou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humanidade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.

Livro: Cartas do Coração – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

PARABÉNS A TODAS AS MÃES

MUITA PAZ , LUZ,HARMONIA E EQUILÍBRIO ÀS MÃES E SUAS FAMÍLIAS, EM TODOS OS MUNDOS DESSE UNIVERSO MARAVILHOSO!


RECEBI POR E-MAIL...É BOM LER...E PENSAR...

                            VERDADES ATUAIS ...

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação! Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! 

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro,você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:...

"Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser Feliz"!!!

Marcelo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÃES

Grupo de combate ao câncer de mama homenageia o Dia das Mães

Ação reuniu cerca de 150 mulheres no centro da Capital

Grupo de combate ao câncer de mama homenageia o Dia das Mães Otávio Conci/Imama,Divulgação
                                                                       Foto: Otávio Conci / Imama,Divulgação
Nesta sexta-feira, uma ação promovida pelo Instituto da Mama do RS (Imama) reuniu cerca de 150 mulheres no centro da Capital. O flashmob em que todas se vestiram de rosa e usaram sombrinhas da mesma cor tinha por objetivo a conscientização para a necessidade do autoexame que pode prevenir o câncer de mama, doença que mata cerca de 30 mulheres por dias no país.
O Imama é uma organização sem fins lucrativos que atua na educação, reabilitação, articulação e mobilização social em favor da saúde da mulher. Informações sobre as iniciativas da entidade podem ser encontradas no site www.imama.org.br ou pedidas pelo telefone (51) 3264-3000.
ZERO HORA

DOCES


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Oração da Serenidade


Concedei-me Senhor a Serenidade
Para aceitar as coisas que não posso mudar
Coragem para mudar as coisas que posso;
E Sabedoria para discernir a diferença
Viver um dia de cada vez;
Aproveitar um momento de cada vez;
Aceitar as dificuldades como o caminho para a paz;
Tomar, como Jesus o fez, este mundo pecaminoso
Como ele é, não como gostaria que fosse;
Confiando que Ele tornará todas as coisas corretas
Se eu me submeter à Sua vontade;
Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida
E infinitamente feliz com Ele
para sempre na próxima.
Amém.

domingo, 6 de maio de 2012

                      O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON                    

Desigualdade das Riquezas

  A desigualdade das riquezas é um dos problemas que em vão se procuram resolver, quando se considera apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é a seguinte. Por que todos os homens não são igualmente ricos? Por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. Aliás, é uma questão matematicamente demonstrada que, supondo-se feita essa repartição, o equilíbrio seria rompido em pouco tempo, em virtude da diversidade de caracteres e aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente o necessário para viver, isso equivaleria ao aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem estar da humanidade; que, portanto, supondo-se que ela desse a cada um o necessário, desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis.

Se Deus a concentra em alguns lugares, é para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes, segundo as necessidades.
Admitindo-se isto, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Essa é ainda uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Ao dar ao homem o livre arbítrio, quis que ele chegasse, pela sua própria experiência, a discernir o bem e o mal, de maneira que a prática do bem fosse o resultado dos seus esforços, da sua própria vontade. Ele não deve ser fatalmente levado a um nem ao outro, pois então seria um instrumento passivo e irresponsável como os animais.

A fortuna é um meio de prová-lo moralmente; mas como, ao mesmo tempo, é um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que permaneça improdutiva, e é por isso que incessantemente a transfere.
Cada qual deve possuí-la, para exercitar-se no seu uso e provar a maneira por que o sabe fazer. Como há a impossibilidade material de que todos a possuam ao mesmo tempo, e como, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, e o melhoramento do globo sofreria com isso: cada qual a possui por sua vez. Dessa maneira, o que hoje não a tem, já a teve no passado ou a terá no futuro, numa outra existência, e o que hoje a possui poderá não tê-la mais amanhã.
Há ricos e pobres porque, Deus sendo justo, cada qual deve trabalhar por sua vez. A pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza é para outros a prova da caridade e da abnegação.
Lamenta-se, com razão, o triste uso que algumas pessoas fazem da sua fortuna, as ignóbeis paixões que a cobiça desperta, e pergunta-se se Deus é justo, ao dar a riqueza a tais pessoas.


O pobre não tem, portanto, motivo para acusar a Providência Divina, nem para invejar os ricos, e estes não o têm para se vangloriarem do que possuem. Se, por outro lado, estes abusam da fortuna, não será através de decretos, nem de leis suntuárias, que se poderá remediar o mal. As leis podem modificar momentaneamente o exterior, mas não podem modificar o coração: eis porque têm um efeito temporário e provocam sempre uma reação mais desenfreada.

A fonte do mal está no egoísmo e no orgulho. 
Os abusos de toda espécie cessarão por si mesmos, quando os homens se dirigem pela lei da caridade.

Abraços

                           Abraço de filho

Abraço de filho deveria ser receitado por médico.
Há um poder
de cura no abraço que ainda desconhecemos.
Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.
Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...
Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.
E nada como o abraço de um filho...
Abraço de Eu amo você. Abraço de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me.
Abraço de urso. Abraço de Até breve. Abraço de Que saudade!
Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar.
Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.
E abraço de filho deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.
Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.
O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.

(Redação do Momento Espírita-22/2/2012)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Uma oração de Chico Xavier



"Deus
Passei tanto tempo Te procurando.
Não sabia onde estavas, olhava para o infinito,
não Te via.
E, pensava comigo mesmo, será que Tu existe?
Não me contentava na busca e prosseguia.
Tentara Te encontrar nas religiões e nos Templos.
Tu também não estavas.
Busquei-Te através dos sacerdotes e pastores,
também não encontrei.
Senti-me só, vazio, desesperado descri.
E na descrença Te ofendi.
E na ofensa tropecei.
E na queda senti-me fraco.
Fraco procurei socorro.
No socorro encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho eu vi nascer o amor.
Com amor eu vi um mundo novo.
E no mundo novo resolvi viver.
O que recebi resolvi doar.
Doando alguma coisa, muito recebi.
E em recebendo senti-me feliz.
E ao ser feliz encontrei a paz.
E tendo paz foi que enxerguei
Que dentro de mim é que Tu estavas.
E sem procurar-Te
Foi que Te encontrei."

terça-feira, 1 de maio de 2012

Equilíbrio eco-psico-espiritual: 

a harmonia da vida

"O homem, finalmente, desperta para a necessidade de preservação do meio ambiente como fator que possa garantir, no futuro, a sobrevivência da própria espécie no planeta Terra.


A consciência ecológica, ontem alienada pela ignorância, hoje acorda acionada pelo alarme do instinto de sobrevivência que alerta-nos sobre os riscos que corremos, caso urgentes providências de controle da poluição do ar, das águas e do solo não sejam tomadas a tempo.

Hoje sabemos que nos ambientes naturais preservados, rios, mares, campos e florestas, plantas, animais e micro organismos estabelecem entre si um relacionamento que garante não somente a sobrevivência de todos, mas também a preservação dos recursos naturais oferecidos pelo meio em que vivem. Essa situação de estabilidade é chamada de equilíbrio ecológico.

Pelo sentimento de superioridade em relação às outras espécies vivas da natureza, o homem branco civilizado, historicamente, sempre sentiu-se fora da cadeia natural, o que hoje ele percebe a importância de sentir-se integrado, pois o relacionamento dos seres vivos entre si e com o meio ambiente, resulta em complexos sistemas chamados ecossistemas que são constituídos por organismos (fatores bióticos) e condições naturais (fatores abióticos), com uma contínua passagem de matéria e energia entre eles.

Portanto, quanto mais for desequilibrado o indivíduo no seu sentido psíquico-espiritual, menos sensibilidade ele terá e menos importância ele dará às questões relacionadas à proteção e preservação da natureza.
O equilíbrio psicológico e espiritual do ser humano passa, necessariamente, pelo desenvolvimento da consciência ecológica como um mecanismo de evolução. Não temos como separar uma condição da outra, porque somos natureza em essência e, sendo assim, pertencemos ao Todo, de corpo e alma.

Para os mais céticos e pessimistas, a humanidade caminha para a sua gradual extinção. Por um lado, percebe-se a prática da "tese" autodestrutiva do homem entre aqueles que, indiferentes em relação às previsões científicas, permanecem na ignorância consciencial e no desequilíbrio vital, satisfazendo tão e somente a demanda de seus primários egos.
São os que continuam agredindo o ambiente natural sem pensar nas conseqüências de sua egoística atitude. Porém, pela Lei de Causa e Efeito, a natureza, cedo ou tarde dará a sua resposta para estes que não "estão nem aí". Esquecem ou não sabem que na natureza prá toda ação existe uma reação...

Contudo, para os idealistas e otimistas, o homem, aos poucos, conseguirá parar o processo destrutivo do meio ambiente através de atitudes individuais e coletivas, revertendo a tendência atual e garantindo a qualidade de vida das futuras gerações de humanos.

Não esqueçamos, porém, que independentemente de nossas atitudes pessoais, conscientes ou não, somos o resultado da nossa sintonia com o universo. E pelas leis da Reencarnação, encarnamos em realidades físicas que encontram-se na relação direta com o nosso nível vibratório. Portanto, aqueles que hoje destroem... e continuam destruindo impunemente o ambiente natural, amanhã serão punidos não por um Deus severo, mas pela sua própria consciência. É a lei que vale para todos os seres dotados de inteligência e de livre arbítrio do universo.

A vida é uma oportunidade de edificarmos, de construirmos algo saudável que indo ao encontro da harmonia universal, possa, à medida que eleva o nosso padrão vibratório, trazer-nos o equilíbrio vital que é exatamente o reflexo da nossa condição psico-espiritual.
A inteligência humana, como sabemos, é um instrumento de uso pessoal que pode tanto afetar-nos como afetar com as nossas escolhas, um coletivo de pessoas. Portanto, o seu alienado uso poderá comprometer o nosso processo evolutivo enquanto consciências inseridas no complexo multidimensional (e vibratório) do universo.
A conscientização dessa inserção universal passa pelo degrau da consciência ecológica que é o que temos de imprescindível como base para vôos mais altos do espírito. Mas para que isso ocorra, temos que ser saudáveis e harmonizados com as energias do universo que estão ao alcance da nossa sintonia. Essa é a precisa noção (percepção) de equilíbrio vital, caso contrário, ocorre o processo de desequilíbrio vital (psíquico-espiritual) que traz consigo doenças do corpo e da alma.

Sejamos, portanto, indivíduos lúcidos ao fazermos o uso benéfico para si próprio e para o outro do principal instrumento da evolução consciencial: a inteligência. Esse é o princípio do equilíbrio eco-psico-espiritual que busca a harmonia da vida."




Quando chega a hora ....

 "Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco. 
Estava cansado porque na noite anterior fora se deitar muito tarde.
Também não havia dormido bem. Tinha sido um sono agitado.
Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.

Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente.
Não prestou a atenção no rosto cansado nem nas olheiras escuras,
 resultado de noites mal dormidas.
 Nem se quer percebeu um aglomerado de pêlos teimosos 
que escaparam da lâmina de barbear.
" A vida é uma seqüência de dias vazios que precisamos preencher ", pensou enquanto jogava a roupa por cima do corpo.

Elogiou o café e saiu resmungando baixinho um " bom dia ", sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não notou que os olhos dela guardavam a doçura da mulher apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava ?

Claro que ele não teve tempo de esquentar o carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu a partida e acelerou. Ligou o rádio, que tocava uma antiga canção de Roberto Carlos, ''Detalhes tão pequenos de nós dois...''
Pensou que não tinha mais tempo de curtir detalhes tão pequenos da vida. Anos atrás, gostava de assistir o programa de Roberto Carlos nas tardes de domingo. Mas isso fazia parte de outra época, quando podia se divertir mais.

Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar, mas não podia, naquele dia, dar-se ao luxo de sair da empresa. Agradeceu o convite, mas respondeu que seria impossível. Quem sabe no próximo final de semana? Ela insistiu, disse que sentia muita saudade e que gostaria de estar com ele na hora do almoço. Mas ele foi irredutível: realmente era impossível.

Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava totalmente lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoa de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada.
No que seria a sua hora de almoço, pediu para secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Nem observou que tipo de lanche estava mastigando.

Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar,sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up. Mas, ele logo concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido com um café forte sem açúcar.

Terminando o " almoço ", escovou os dentes e voltou à sua mesa. " A vida continuava ", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir. Nem tudo saía como ele queria. Começou a gritar com o gerente, exigindo que este cumprisse o prometido. Afinal, ele estava sendo pressionado pela diretoria.
Tinha que mostrar resultado. Será que o gerente não conseguia entender isso ?

Saiu para a reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando de dois em dois degraus. Parecia que a garagem estava a quilômetros de distância, encravada no miolo da terra, e não no subsolo do prédio.

Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu de novo um mal estar. Agora havia uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... a dor foi aumentando... o carro desapareceu e ... os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro, ele via a esposa, o netinho, a filha e, umas após outras, todas as pessoas que mais gostava.

Porque mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto ?
O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? Por que não foi pescar com os amigos no último feriado ? A dor do peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a dor do arrependimento.

Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte; a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorrerem lágrimas silenciosas. Queria viver, ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
Queria... Queria... Mas, não havia mais tempo"...

Autor desconhecido






O Livro dos Médiuns (Allan Kardec, 1861),  

Parte 2, Cap. IV - 

TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS



"Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."
(ALLAN KARDEC)

73. O conhecimento da natureza dos Espíritos, de sua forma humana, das propriedades semimateriais do perispírito, da ação mecânica que podem exercer sobre a matéria, e o fato de nas aparições as mãos fluídicas e até mesmo tangíveis pegarem objetos e os carregarem, naturalmente nos faziam crer que o Espírito se servisse das mãos para girar a mesa e que a erguesse pelos braços. Mas, nesse caso, qual a necessidade de médiuns? O Espírito não poderia agir sozinho? Porque o médium que freqüentemente pousa as mãos na mesa em sentido contrário ao do movimento, ou mesmo nem chega a pousá-las, não pode evidentemente ajudar o Espírito por ação muscular. Ouçamos primeiro os Espíritos que interrogamos a respeito.
74. As respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito São Luís e depois confirmadas por muitos outros.
1. O fluido universal é uma emanação da Divindade?
— Não.
2. É uma criação da Divindade?
— Tudo foi criado, exceto Deus.
3. O fluido universal é o próprio elemento universal?
— Sim, é o princípio elementar de todas as coisas.
4. Tem alguma relação com o fluido elétrico, cujos efeitos conhecemos?
— É o seu elemento.
5. Como o fluido universal se nos apresenta na sua maior simplicidade?
— Para encontrá-lo na simplicidade absoluta seria preciso remontar aos Espíritos puros. No vosso mundo ele esta sempre mais ou menos modificado, para formar a matéria compacta que vos rodeia. Podeis dizer, entretanto, que ele mais se aproxima dessa simplicidade no fluido que chamais fluido magnético animal(1)
6. Afirmou-se que o fluido universal é a fonte da vida; seria ao mesmo tempo a fonte da inteligência?
— Não; esse fluido só anima a matéria.
7. Sendo esse fluido que forma o perispírito, parece encontrar-se nele numa espécie de condensação que de certa maneira o aproxima da matéria propriamente dita?
— De certa maneira, dizeis bem, porque ele não possui todas as propriedades da matéria e a sua condensação é maior ou menor segundo a natureza dos mundos.
8. Como um Espírito pode mover um corpo sólido?
— Combinando uma porção de fluido universal com o fluido que desprende do médium apropriado a esses efeitos.
9. Os Espíritos erguem a mesa com a ajuda dos braços, de alguma maneira solidificada?
— Esta resposta não te dará ainda o que desejas. Quando uma mesa se move é porque o Espírito evocado tirou do fluido universal o que anima essa mesa de uma vida factícia. Assim preparada, o Espírito a atrai e a movimenta, sob a influência do seu próprio fluido, emitido pela sua vontade. Quando a massa que deseja mover é muito pesada para ele, pede a ajuda de outros Espíritos da sua mesma condição. Por sua natureza etérea, o Espírito da sua mesma condição. Por sua natureza etérea, o Espírito propriamente dito não pode agir sobre a matéria grosseira sem intermediário, ou seja, sem o liame que o liga à matéria. Esse liame, que chamas perispírito, oferece a chave de todos os fenômenos espíritas materiais. Creio me haver explicado com bastante clareza para fazer-me compreender.
Nota de Kardec: Chamamos a atenção para a primeira frase: “Esta resposta não te dará ainda o que desejas” . O Espírito compreendera perfeitamente que todas as questões anteriores só tinham por fim chegar a essa. E se refere ao nosso pensamento, que esperava, com efeito, outra resposta, que confirmasse a nossa idéia sobre a maneira por que o Espírito movimenta as mesas.
10. Os Espíritos que ele chama para ajudá-lo são inferiores a ele? Estão sob as suas ordens?
— Quase sempre são seus iguais e acodem espontaneamente.
11. Todos os Espíritos podem produzir esses fenômenos?
— Os Espíritos que produzem esses efeitos são sempre inferiores, ainda não suficientemente livres das influencias materiais.

12. Compreendemos que os Espíritos superiores não se ocupem dessas coisas, mas perguntamos se, sendo mais desmaterializados., teriam o poder de fazê-lo, se o quisessem?
— Eles possuem a força moral, como os outros possuem a força física. Quando necessitam desta última, servem-se dos que a possuem. Já não dissemos que eles se servem dos Espíritos inferiores como vós dos carregadores?


Nota de Kardec: – A densidade do perispírito, se assim se pode dizer, varia de acordo com a natureza dos mundos, como já foi ensinado. (O Livro dos Espíritos, nº 94 e 187). Parece variar também no mesmo mundo, segundo os indivíduos. Nos Espíritos moralmente adiantados ele é mais sutil e se aproxima do perispírito das entidades elevadas; nos Espíritos inferiores aproxima-se da matéria e é isso que determina a persistência das ilusões da vida terrena nas entidades de baixa categoria, que pensam e agem como se ainda estivessem na vida física, tendo os mesmos desejos e quase poderíamos dizer a mesma sensualidade. Essa densidade maior do perispírito, estabelecendo maior afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais aptos para as manifestações físicas. È por essa razão que um homem refinado, habituado aos trabalhos intelectuais, de corpo frágil e delicado, não pode.erguer pesados fardos como um carregador. A matéria de seu corpo é de alguma maneira menos compacta, os órgãos são menos resistentes, o fluido nervoso menos intenso. O perispírito é para o Espírito o que o corpo é para o homem. Sua densidade esta na razão da inferioridade do espírito. Essa densidade, portanto, substitui nele a força muscular, dando-lhe maior poder sobre os fluidos necessários às manifestações do que o possuem os de natureza mais etérea. Se um Espírito elevado quer produzir esses efeitos, faz o que fazem entre nós os homens refinados: incumbe disso um Espírito carregador.