segunda-feira, 19 de setembro de 2011

FILHOS

ACHEI MUITO INTERESSANTE ESTE TEXTO  DO DIÁRIO DE SANTA MARIA(5-9-2011) DA COLUNA"EM NOME DO FILHO" DE TICIANA FONTANA E FABIANA SPARREMBERGER.TRANSCREVO-O,NA ÍNTEGRA,PARA TODOS NÓS , PAIS INTERESSADOS EM COMO LIDAR MELHOR COM OS FILHOS.
 PAZ E LUZ A TODOS!
              
                                               
Grupo RBS

Você sabe dar castigo?

 Castigo educa? É eficiente? E qual o mais adequado para cada faixa etária? Atrás dessas e de outras respostas, fiz uma entrevista com a psicopedagoga e educadora especial Jane Costa. É um pequeno guia para nos ajudar nessas horas difíceis - porém necessárias - de punir (e educar) os filhos. (Fabiana Sparremberger)


- Castigo educa. Mas só quando usado de maneira correta e repetida (sempre o mesmo castigo). A criança vai associar erro à punição
- O castigo deve ser brando e de pouca duração. E aplicado logo após o comportamento errado. Não deve durar muito tempo, para que os pais não corram o risco de voltar atrás e quebrar o combinado
- Ao aplicá-lo, pai e mãe devem ser firmes e explicar por que o filho está sendo punido. Se a criança for pequena, abaixe-se até ela, segure firme em seus ombros e olhe em seus olhos ao falar
- Crianças de 8 meses a 1 ano e meio costumam reagir bem quando os pais dizem ?não faz? ou ?não pode?. Elas respondem melhor às palavras do que a ações. Explicações longas não vão adiantar

- A partir de 2 anos, já é possível punir os erros com ações, e não mais com palavras. O castigo deve durar 1 minuto por ano de idade. Se a criança tem 2 anos, são dois minutos de castigo. E assim até os 6 anos. Se o erro for muito grave, aumenta para o máximo de 10 minutos
- O ideal é que a criança fique, em silêncio, sentada em uma cadeira com encosto e guarda (a famosa cadeirinha do pensamento), fora do contato visual dos pais. O local não deve ter atrativos que possam distrair a criança (no quarto dela, nem pensar). Quem mora em apartamento pode usar o corredor. Se a criança puder acompanhar o tempo do castigo em um relógio, melhor. Depois do castigo, ela deve pedir desculpas pelo que fez

- Após os 4 anos, se a criança não ficar em silêncio, o pai ou mãe podem zerar o relógio e começar a contar o tempo novamente
- Se a criança tem mais de 6 anos, pode-se dizer que ela está de castigo pelo tempo que demorar para voltar a se comportar. A partir dessa idade, é possível tirar algo que a criança gosta muito, como jazz ou futsal. Mas não por muito tempo
- A partir dos 10 anos, é possível deixar o filho sem algo que ele gosta muito por até um mês
- Para crianças a partir de 7 anos, os pais podem adotar uma planilha com horários e principais tarefas do dia (8h/levantar, 9h/arrumar o quarto...). Para cada tarefa, marque ao lado ?vermelho? para não cumpriu e ?azul? para cumpriu. Fixe em um local visível para a criança. No fim da semana, se houver mais vermelhos, você pode aplicar um castigo

- Se o filho tiver notas baixas na escola, é preciso conversar com ele e com o colégio sobre os motivos e tentar solucionar o problema. Uma dica é deixá-lo sem algo que ele goste até voltar a ter notas melhores.
- Quando a criança faz birra em público, pegue-a pelos ombros, olhe em seus olhos, diga para parar com aquilo e retire-a do local. Em casa, aplique o castigo. E não fique com vergonha: você não será a primeira nem a última mãe (ou pai) a passar por essa situação
- Mãe e pai devem compartilhar a autoridade e entrar em acordo sobre o castigo. Nada de dizer ? espere seu pai voltar para você ver?

- A criança associa o erro ao castigo. E o elogio ao acerto.
Então, não deixe de elogiá-la quando ela agiu bem.

Um comentário:

  1. Os adultos também acabam, muitas vezes, fazendo por merecer certos castigos, que não deixam de ser uma forma de compensação para restabelecer o equilíbrio, anteriormente quebrado.
    Há uma justiça perfeita no universo, a qual nós , normalmente, teimosamente, queremos nos opor, em prejuízo de nossa própria felicidade. Um abraço e, muita luz. (Fábio)

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